Origens do Pi

 


$\pi$é a constante matemática mais famoso na matemática. Ele  é um número irracional que corresponde a razão do comprimento de uma circunferência pelo comprimento de seu diâmetro.

Os babilônios e os egípcios observaram que a circunferência tinha aproximadamente 3 vezes o tamanho do diâmetro. Os babilônios já possuíam o conhecimento que o perímetro de um hexágono regular equivaleria ao raio de uma circunferência circunscrita ao hexágono.

Fonte: Machado (2013, p. 12).

Já os povos egípcios, há registros que podem chegar a uma conclusão de como calcularam o valor aproximado de $\pi$. Na agricultura, os egípcios realizavam demarcações das terras dos agricultores e uma das formas que faziam era fixar em uma estaca e utilizavam uma corda para realizar uma circunferência ao redor da estaca. E através de uma segunda corda, em um ponto A qualquer na circunferência estica-se até o centro da circunferência e até um segundo ponto na circunferência B. Com isso, os egípcios conseguiram o comprimento AB.

Com o diâmetro AB, eles concluíram que o comprimento da circunferência era 3 vezes maior que o comprimento do diâmetro AB.

Com o tempo os egípcios foram aprimorando o valor da constante $\pi$, eles utilizavam o auxílio de uma outra corda para medir o comprimento do arco AE e demarcar sobre o diametro AB o máximo possível até chegar um valor entre $3,125< \pi < 3,1428$.

O escriba Ahmes, autor do Papiro de Rhind, determinou com o valor de $256/81$. Através de um problema sobre o $\pi$ a área de um círculo é igual a de um quadrado cujo lado (d) é o diâmetro (2r) do círculo subtraindo-se sua nona parte. Com isso, resultou também como solução para o problema da quadratura do círculo.

Arquimedes (287-212 a.C), baseados na em cálculo e observação, através de círculos e polígonos regulares inscrito e circunscrito o valor de 3,1416. Esse método, demonstra que um polígono inscrito a uma circunferência tem perímetro menor que o comprimento da circunferência e que o polígono circunscrito tem perímetro maior. KELLER(2013, p.25)

O matemático Galês Willian Jones em 1706 d.C, foi quem representou a constante com o símbolo de letra grega $\pi$ e posteriormente concluiu que essa constante é um número irracional, ou seja, ele não pode ser representado por meio de uma fração de números inteiros. Em 1882, Ferdinand Von Lindermann concluiu que o $\pi$ é transcendental, ele não é raiz de nenhuma equação polinomial de coeficientes inteiros. KELLER (2013, p.27)

Inúmeros métodos foram desenvolvidos para aprimorar o cálculo do $\pi$. Em 2009, através de métodos computacionais chegaram a um número na ordem de dois bilhões e meio de decimais.

A precisão do número pode parecer desnecessária, porém sua utilidade é essencial na utilização do GPS de um automóvel, para calcular rotas de aviões quando voam em grandes distâncias, ou até na forma do funcionamento dos celulares, que utilizam fórmulas matemáticas da Transformada de Fourier do celular com uma torre de telefonia.


BIBLIOGRAFIA


CAVALCANTE, Antonia Erineide et al. O π (Pi) na história da Matemática. Série Educar-Volume 19 Matemática, p. 7, 2019.

KELLER, Flávia Adolf Lutz. Descobrindo o número PI. 2013.

Machado, Djeison. Propostas didáticas para o ensino do número π. 2013. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.

TRZASKACZ, Alcides José; DA SILVA HRENTCHECHEN, Karolina Barone Ribeiro. Irracionais na história da matemática.


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